Tragédia climática

XP avalia que chuvas no RS podem tirar até 0,3 p.p do PIB

“A partir de maio, devemos começar a ver o impacto no comércio varejista no Rio Grande do Sul”, disse economista da XP.

Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil
Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil

Mesmo sendo muito cedo para mensurar os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul (RS) na saúde econômica do Brasil, o economista da XP, Rodolfo Margato, avalia que as fortes chuvas podem gerar perdas de cerca de 0,3 ponto percentual (p.p.) para o PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

“Para o PIB, o impacto é negativo. Em termos de proporção do Rio Grande do Sul em relação ao PIB total, talvez o impacto direto mais forte ocorra em um primeiro momento na agricultura, especialmente arroz e soja, já que o Estado é um player importante no setor”, disse o economista da XP, de acordo com o jornal “Valor”.

“Também haverá consequências para a indústria moveleira, química, metalmecânica, calçados e artefatos de couro”, acrescentou Margato.

Para o comércio, a XP avalia que a incerteza é ainda maior. “Há dúvida sobre o restabelecimento das operações, quanto tempo será necessário para reativar a atividade. Fazer esse balanço é muito difícil neste momento, mas há um impacto líquido negativo para o PIB do Estado, em um primeiro momento, e para o PIB do Brasil”, pontuou.

Nesse sentido, ele declarou que a XP acredita que o impacto pode gerar perdas em torno de 0,2 a 0,3 ponto percentual do PIB do Brasil em 2024. “A partir de maio, devemos começar a ver o impacto no comércio varejista no Rio Grande do Sul”, acrescentou ele.

“Em resumo, a partir de maio devemos começar a ver o impacto no comércio varejista no Rio Grande do Sul”, concluiu.

XP reitera projeção de -0,25 p.p da Selic no Copom em maio

Na avaliação da XP, a decisão sobre a redução do ritmo de corte da Selic (taxa de juros) esperada para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) pode não ser unânime. Além disso, a corretora mantém sua previsão de redução do ritmo de 0,50 p.p. (ponto percentual) para um corte de 0,25 p.p.

Além disso, a XP classifica a expectativa por uma postura mais cautelosa como razoável.

“Em suas recentes declarações públicas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, levantou discussão acerca de onde virá a desinflação adicional necessária para levar o IPCA à meta”, declarou a casa em relatório, de acordo com o “Broadcast”.