Mercado

Petróleo sofre maior queda desde o fim de julho

Cotação da commodity teve recuo de mais de 3%

O petróleo encerrou a sessão desta terça-feira (12) em seu menor nível de fechamento desde 27 de julho, com recuo de mais de 3%.

O barril do petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para janeiro de 2024 teve queda de 3,80%, a US$ 68,61. Já o barril do Brent – referência global – para fevereiro recuou 3,67%, a US$ 73,24.

O baixo desempenho da commodity é atribuído aos sinais de que a oferta da Rússia segue forte mesmo após o acordo com outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para reduzir a produção.

Os investidores reagiram hoje à notícia de que as exportações marítimas da Rússia atingiram seu maior nível desde o início de julho. Além disso, o petróleo tem sido negociado com desconto no mercado à vista, o que indica pouco apetite para absorver a oferta disponível.

Também nesta terça, saiu a atualização das projeções para os preços do petróleo da Administração de Informação sobre Energia (EIA, na sigla em inglês), órgão do Departamento de Energia dos Estados Unidos que lida com dados do setor. Segundo a instituição, o Brent deve operar, em média, a US$ 82,57 por barril em 2024, uma redução de 11,4% em comparação com a previsão de novembro. A EIA também cortou em 12,5% a sua projeção para o WTI no ano que vem, a US$ 78,07 por barril.

Ibovespa fecha em queda, com IPCA no radar; dólar sobe

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a terça-feira (12) em queda de 0,40%, aos 126.403 pontos. Já o dólar comercial subiu 0,59%, cotado a R$ 4,96.

No cenário local, os investidores repercutiram a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, que subiu 0,28%. Apesar de uma leve aceleração, o resultado veio abaixo do esperado.

O número reforça a visão de que o Copom (Comitê de Política Monetária), que se reúne na próxima quarta-feira (13), deve promover mais um corte na Selic, levando-a ao patamar de 11,75% ao ano.

No exterior, os investidores repercutiram a divulgação dos dados de inflação nos EUA, que voltaram a subir. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) apresentou uma leve alta de 0,1% em novembro, segundo dados com ajuste sazonal divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano na manhã desta terça-feira.

Os resultados vieram em linha com a expectativa dos analistas, que previam uma variação estável de 0,0%, na leitura mensal, de acordo com o consenso Refinitiv.