Rede D'Or (RDOR3): Goldman Sachs rebaixa ação

Goldman Sachs ainda cortou o preço-alvo das ações da Rede D'Or para R$ 31

As ações da Rede D’Or (RDOR3) tiveram sua recomendação de compra rebaixada para “neutra” pela Goldman Sachs. Além disso, o banco norte-americano cortou o preço-alvo do papel de R$ 41 para R$ 31.

Em relatório, o analista Gustavo Miele escreveu que suas principais preocupações em relação à tese de investimento são a geração de caixa limitada neste ano, que deve atrasar o processo de desalavancagem da Rede D’Or.

“Embora consideremos que a Rede D’Or tenha um histórico operacional único, habilidades de alocação de capital e uma equipe de gestão bem conceituada, prevemos um momento desafiador de ganhos de curto prazo para a empresa”, afirmou.

A Goldman Sachs também ressaltou em seu documento que enxerga perspectivas negativas para a sinistralidade da SulAmérica, apesar do ritmo acelerado com que a companhia vem implementando seus reajustes. De acordo com Miele, é estimado que a alavancagem da Rede D’Or esteja em cerca de 3,7x o Ebitda estimado para este ano. 

Nesta sexta-feira (14), por volta das 16:10 (de Brasília), as ações da Rede D’Or recuavam 6,19%, cotadas a R$ 22,14. 

Rede D’Or (RDOR3) reporta queda de 32,7% no lucro líquido do 4T22

No final de março, a Rede D’Or (RDOR3) divulgou o balanço do quarto trimestre e reportou um lucro líquido de R$ 282,5 milhões, uma queda de 32,7% na comparação com o mesmo período de 2021, quando chegou a R$ 419,5 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,216 bilhão, recuo anual de 3,6%. A margem Ebitda atingiu 21,1% contra 24,6% na mesma base de comparação, 3,4 p.p menor. Já a receita líquida seguiu o caminho contrário e foi superior ao período de 2021, quando a Rede D’Or faturou R$ 5,751 bilhões, 12% a mais na comparação.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 701,5 milhões no intervalo, apresentando piora de 51,5% quando comparado ao quarto trimestre de 2021. A companhia apontou que o balanço negativo se deve à elevação das taxas de juros, em especial o CDI, que encerrou em 3,25%, e em 2021 fechou o trimestre em 1,84% em meio ao aumento do endividamento médio”.

No encerramento do ano, a dívida líquida da Rede D’Or estava em R$14,671 bilhões, apresentando avanço de 15,8% frente a dezembro de 2021.