TC (TRAD3): entenda acordo de Ferri para vender ações a sócios

O leilão de parte das ações de Rafael Ferri, fundador da companhia, acontece nesta quarta-feira (14)

Em fevereiro deste ano, um dos fundadores do TC (TRAD3), Rafael Ferri anunciou sua saída do negócio, no entanto, ainda faltava se desfazer das ações da companhia.  

Os investidores da TC chegaram a um acordo com um grupo de sócios do TC liderado pelo CEO da companhia, Pedro Albuquerque, para a venda dos papéis, como apurou o Pipeline, do Valor Econômico. 

Acordo da venda das ações

Sendo assim, Rafael Ferri colocará à venda um lote de 42 milhões de ações, durante o leilão de mercado da próxima quarta-feira (14), às 16h45 (horário de Brasília). As ações de Ferri representam 14,99% do capital da TC, a R$ 1 por papel. As ações da companhia às 13h05  eram negociadas no mercado a R$ 1,00, com queda de 3,85%.

Desse modo, os compradores serão os investidores liderados por Albuquerque como foi estabelecido no acordo. Entretanto, como o leilão acontece na Bolsa de Valores, outros eventuais interessados poderão participar.

Isto posto, o fundador da companhia ficará parcialmente liberado de seu non-compete, que determinava que o investidor não poderia se envolver em nenhum projeto ou empresa ligada a finanças durante cinco anos. Portanto, após o leilão das ações, Ferri ficará apenas impossibilitado de realizar atividades que concorrem diretamente como TC.

Ainda assim, mesmo com o leilão, Ferri ainda terá uma fatia relevante de ações da companhia, uma vez que, ele detém 24,84% e será leiloada nesta quarta (14), apenas 14,99%. Em relação às ações restantes, o investidor fechou um contrato de opção de compra com o grupo de sócios executivos, que podem exercer em 12 meses a R$ 2,40 por ação, um lote equivalente a 6,5% do capital. Levando em consideração o preço de tela, a opção parece pouco atrativa para os compradores. Vale destacar que, há seis meses a ação não chega a esse patamar.

Valorização do papel

Os sócios da companhia apostam em uma valorização do papel quando e se houver a licença de operação da corretora. O Pipeline apurou, em uma conta interna, que os sócios avaliam que o papel teria valor justo hoje de R$ 2 e, com corretora, R$ 4. 

Vale lembrar que a TC vem realizando cortes de custos no último ano. Dado que, a companhia demitiu  383 funcionários, de 700. No entanto, uma aposta que a companhia fez na alta dos papéis gerou prejuízo para a operação do TC no último trimestre.