Tesouro Direto: prefixados desvalorizam nesta quinta-feira

Na última quarta-feira (21), os títulos do Tesouro Direto também caíram

Os títulos prefixados negociados no Tesouro Direto recuam nesta quinta-feira (22). Na última quarta-feira (21), por sua vez, os títulos também caíram.

Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 10,59%, com investimento mínimo de R$ 31,00. O Tesouro Prefixado 2029, por sua vez, entregava retorno de 10,89%, ante 10,91% apresentado anteriormente. Já o Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, reportava uma rentabilidade anual de 11,02%, ante 11,00% registrado na quarta-feira.

O Tesouro IPCA+ 2035 apresentou um desempenho negativo nesta quinta-feira. O título registrou retorno de 5,33%, ante 5,38% reportado anteriormente. O título IPCA+ 2045, por sua vez, reportou um resultado neutro, gerando rentabilidade de 5,61%, ante mesmo valor apresentado anteriormente.

Os títulos do Tesouro Direto são influenciados pelo cenário macroeconômico no Brasil e no exterior. No cenário local, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu na última quarta-feira pela sétima manutenção consecutiva da taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Em ata, o colegiado afirmou que a conjuntura atual segue “demandando cautela e parcimônia”.

No exterior, os investidores monitoram as falas do presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), Jerome Powell, em comitê do Senado norte-americano. Na última quarta-feira, em depoimento na Câmara, Powell reforçou que novas altas das taxas de juros dos EUA podem vir este ano.

Além disso, os mercados repercutem a decisão de política monetária do Banco Central da Inglaterra (BoE). O BoE decidiu elevar sua taxa de juros referencial em 0,50 ponto percentual, para 5% ao ano.

O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. Na quarta-feira, em visita oficial à Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) “para realmente contribuir com a paz e a segurança” global. Sobre a guerra na Ucrânia, Lula afirmou acreditar que nem Moscou, nem Kiev irão vencer o conflito militarmente.