UBS deve demitir 36 mil funcionários após aquisição do Credit Suisse

A redução seria de seu 20% a 30% de seu quadro de funcionários

 

O banco UBS estaria se preparando para demitir cerca de 36 mil funcionários de todo o mundo. A redução pode ser de 20% a 30% do quadro de funcionários, afirma o jornal suíço ‘SonntagsZeitung’.

As demissões ocorrem após o UBS adquirir o Credit Suisse, no mês passado, que se viu no centro de grave crise de liquidez que deixou o sistema financeiro global em alerta. 

Cortes já eram esperados por conta da sobreposição de funcionários dos dois bancos. O banco informou que dará mais detalhes sobre os cortes de empregos em momento oportuno.

UBS fecha acordo para compra do Credit Suisse

O banco UBS acertou a compra do Credit Suisse neste domingo (19) pelo valor de mais de US$ 3,5 bilhões, segundo informações do Financial Times.

A compra do banco suíço pelo UBS será realizada por meio de transação de ações, por um valor que corresponde a 50 centavos de franco por ação – o dobro da proposta anterior feita pelo UBS. Na sexta-feira (17), as ações do Credit Suisse estavam cotadas a 1,86 franco.

A oferta inicial do UBS para comprar o Credit Suisse havia sido de US$ 1 bilhão, equivalente a 0,25 centavos de franco por ação. Como o valor foi considerado baixo pelo banco suíço, o UBS “dobrou a aposta” e o acordo foi finalmente firmado, após três dias de negociações.

De acordo com o presidente do conselho de administração do UBS, Colm Kelleher, o negócio foi “atraente para os acionistas do UBS”. “Mas, sejamos claros, no que diz respeito ao Credit Suisse, trata-se de um resgate de emergência”, declarou em nota enviada à imprensa.

Já para o presidente do conselho de diretores do Credit Suisse, Axel P. Lehmann, a fusão anunciada representa o melhor resultado possível para o banco.

“Este tem sido um momento extremamente desafiador para o Credit Suisse e, embora a equipe tenha trabalhado incansavelmente para resolver muitos problemas significativos e executar sua nova estratégia, somos forçados a chegar a uma solução hoje que forneça um resultado duradouro”, explicou Lehmann.