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Biden pede suspensão de impostos sobre combustíveis nos EUA

Presidente deseja reduzir US$ 0,18 por galão de gasolina

O presidente dos EUA, Joe Biden, levou ao Congresso um pedido de suspensão temporária dos impostos federais sobre o preço dos combustíveis no país.

A decisão de Biden foi tomada após o aumento constante da pressão monetária e da alta de juros e inflação na região.

O anúncio realizado pelo presidente nesta quarta-feira (22) será discutido e explicado novamente na Casa Branca, às 15h (de Brasília).

Biden sugeriu a suspensão de US$ 0,18 por galão, entretanto, a aprovação do cancelamento temporário do imposto depende da aprovação do Congresso.

Para ser aprovada, a suspensão precisa receber um apoio bipartidário até se tornar lei vigente.

Contudo, diversos parlamentares dos dois partidos norte-americanos já manifestaram ser contra a suspensão do imposto federal, movidos pelo temor de que tal aprovação limite os preços e faça com que as empresas de petróleo desembolsem parte da economia.

“Ele [Biden] está pedindo ao Congresso e aos estados que tomem medidas legislativas adicionais para fornecer alívio aos consumidores americanos que foram atingidos pela alta dos preços combustíveis causadas por Putin”, afirmou a Casa Branca em comunicado. 

A sugestão de Biden também recebeu diversas críticas dos parlamentares, que mencionaram a inviabilidade da lei.

“Ele está pedindo ao Congresso que suspenda o imposto federal sobre a gasolina por três meses, até setembro, sem tirar nenhum dinheiro do Highway Trust Fund. E ele está pedindo aos estados que tomem medidas semelhantes para fornecer algum alívio direto, seja suspendendo seus próprios impostos sobre o gás ou ajudando os consumidores de outras maneiras”, concluiu o documento.

Na cotação atual, um galão de gasolina comum sem chumbo nos EUA custa em média US$ 4,97, valor abaixo do recorde de US$ 5,02 alcançado em 14 de junho.
 

Movimentação de Biden também aconteceu no Brasil

No ambiente doméstico, o presidente Jair Bolsonaro (PL) também recorreu aos cortes no imposto sobre os combustíveis.

No início do mês, o Senado confirmou a aprovação da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) aplicados nos combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo no País.

A aprovação do texto-base da proposta foi por 65 votos a 12, e contou com grande participação de parlamentares que apoiam o governo Bolsonaro e suas tentativas de reduzir o preço dos combustíveis.

Entretanto, assim como ocorreu com os parlamentares após o pedido de Biden nos EUA, a CNM (Confederação Nacional de Municípios) confirmou que os estados e municípios brasileiros estimam a perda de R$ 115 bilhões caso o projeto de limitação do teto do ICMS dos combustíveis seja aprovado.