Americanas (AMER3) pede que operações parem de ser “vigiadas”

Empresa pediu a Justiça que credores parem de acompanhar as operações após a fraude

A Americanas (AMER3) recorreu ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra a imposição de uma supervisão externa em suas operações, decidida por uma desembargadora a pedido dos credores, liderados pelo Itaú. Essa supervisão é realizada por uma empresa especializada que monitora as atividades da companhia em situações atípicas ou suspeitas de irregularidades.

A firma nomeada pela desembargadora Leila Lopes para supervisionar as atividades da Americanas é a CCC Monitoramento, indicada pelos credores. De acordo com a defesa da varejista, a empresa cobra uma taxa mensal de R$ 300 mil, que é responsabilidade da própria varejista.

 

Os advogados da Americanas contestam a nomeação do “watchdog” argumentando que essa figura não está prevista em lei. Embora existam precedentes em situações distintas, como quando há indícios de fraude, a defesa ressalta que os credores não apresentaram justificativas claras para a necessidade desse serviço no caso da Americanas.

No caso da Americanas, diz a defesa, a fraude foi confessada, a antiga diretoria e todos os envolvidos já foram afastados e não há indícios de novas fraudes desde o pedido de recuperação judicial.Além das questões legais, os advogados da Americanas também argumentam que a contratação do “watchdog” não foi aprovada na assembleia de credores, conforme exigido pela lei.

Americanas (AMER3) rescinde contrato com empresa de auditoria

 Americanas (AMER3) comunicou ao mercado na manhã desta quinta-feira (28) que decidiu em conselho pela substituição da empresa de auditoria PwC pela BDO.

Sendo assim, a BDO irá realizar a auditoria das demonstrações financeiras referente ao exercício de 2022 da Americanas, além de refazer as demonstrações financeiras do exercício social de 2021, depois da fraude informada no início do ano. 

De acordo com a varejista, o conselho decidiu pela rescisão do contrato com a PwC e imediata contratação da BDO por conta da necessidade de apresentar demonstrações financeiras auditadas o mais brevemente possível.

“A Americanas não faz qualquer julgamento acerca da natureza ou extensão da participação das empresas de auditoria no episódio“, disse.