Juca Abdalla, o maior acionista individual da Eletrobras (ELET3;ELET6) até a última quinta-feira (9), não participou do processo de capitalização da companhia, de acordo com o jornal “O Globo”.
Antes da privatização da Eletrobras, Abdalla era dono de 4,2% da empresa, além de ser o maior acionista pessoa física da companhia há tempos. Como não entrou no processo de oferta primária e secundária da empresa de energia, a porcentagem de Abdalla será diluída, caindo para cerca de 3%.
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O prazo de reserva aos interessados na compra das ações da Eletrobras foi finalizado na última quinta-feira. No total, foram vendidas mais de 800 milhões de ações da empresa, ao preço de R$ 42 para cada ação ordinária, movimentando R$ 33,7 bilhões.
Nesta terça-feira (14), foi realizada a cerimônia de toque de campainha na B3 para celebrar a privatização da companhia, que agora passa para as mãos da iniciativa privada.
Quem é Juca Abdalla, o bilionário mais desconhecido do País?
O banqueiro Juca Abdalla possui uma fortuna estimada em US$ 3 bilhões, segundo a revista “Forbes”, o que o coloca como uma das pessoas mais ricas do Brasil. Muito reservado, ele não dá entrevistas e não se deixa ser fotografado.
Juca Abdalla é filho de J.J Abdalla, um industrial dos anos 50 e 60. Juca é o dono e único cliente do Banco Clássico, criado em 1989 para administrar a herança deixada por seu pai. J.J Abdalla morreu em 1988 e deixou imóveis, terrenos e alguns negócios para o filho. Além disso, deixou uma ação na Justiça contra o Estado de São Paulo.
A ação era referente a uma desapropriação que a família alegava ter sido lesada de um terreno de 717 mil quilômetros quadrados, que deu origem ao Parque Villa Lobos, em São Paulo. Em 1989, a Justiça deu ganho de causa à família e o Estado teve de arcar com uma indenização de R$ 2,5 bilhões, divididas em 10 parcelas anuais.
De acordo com o portal “Seu Dinheiro”, Juca Abdalla é um dos principais investidores individuais da bolsa brasileira, com participações em empresas como Eletrobras (ELET3;ELET6), Cemig (CMIG4), Petrobras (PETR3;PETR4) e Engie (ENGIE3).