MRV (MRVE3) recua após anúncio de follow-on de até R$ 1 bi

MRV disse, em nota, que a quantidade total de ações ofertada pode ser acrescida em até 33,3%

As ações da MRV (MRVE3) iniciaram o pregão desta quinta-feira (6) em queda, entrando em leilão. Por volta de 11h45, as ações registravam uma queda de 2,74%, sendo negociadas a R$ 12,43.

Essa queda ocorre após a confirmação pela empresa de que lançará uma oferta pública primária de ações (follow-on), inicialmente distribuindo 58.640 milhões de papéis.A MRV informou em comunicado que a quantidade total de ações ofertadas poderá ser aumentada em até 33,3%, correspondendo a um acréscimo de até 19.547 milhões de novas ações. 

 

A definição do preço por ação será calculada levando em consideração vários fatores, incluindo a cotação de MRVE3 na Bolsa de Valores e as indicações de interesse com base na qualidade e quantidade de demanda, tanto em termos de volume quanto de preço.

 

Considerando o fechamento das ações em R$ 12,79, o valor total da oferta seria de R$ 750.005.600, sem levar em conta a colocação das ações adicionais. No caso de considerar a colocação total das ações adicionais, o valor seria de R$ 1.000.011.730.

A equipe do Safra acredita que os recursos provenientes da oferta de ações podem ter um impacto significativo na redução da alavancagem da MRV, ao mesmo tempo em que a empresa busca recuperar sua rentabilidade.

A MRV também informou que contratou as instituições BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA e Santander Brasil como coordenadoras da oferta de ações (follow-on).

MRV (MRVE3) é multada em R$ 800 mil por irregularidades em obra

A MRV (MRVE3) foi multada em R$ 800 mil pelo Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) da Bahia após o órgão constatar irregularidades na construção do Condomínio Colina Imperial, em Salvador (BA). Além da multa, o empreendimento teve sua licença suspensa pela Sedur (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano) da capital baiana. As informações são do Bahia Notícias, parceiro do BP Money.

 A suspensão da permissão foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) da última segunda-feira (3). No documento assinado pelo secretário João Xavier Nunes Filho, ele citou o descumprimento da Política Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, regulamentada por meio da Lei Municipal nº 8.915.

Em nota, a Sedur afirmou que cumpriu uma determinação da Justiça para suspender o documento: “A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano informa que a suspensão foi em cumprimento da liminar deferida pela 6ª Vara da Fazenda Pública de Salvador”.

Enquanto isso, as sanções distribuídas pelo Inema foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) no último sábado (1º). O valor de R$ 800 mil foi dividido em três multas diferentes, sendo uma de R$ 500 mil, uma de R$ 200 mil e a última de R$ 100 mil. No documento, a entidade citou que os valores são referentes a três pontos de degradação do leito do rio localizado dentro das intermediações da obra.
 
O Inema informou que constatou as irregularidades no dia 3 de maio deste ano, às 11h. Segundo o instituto, a degradação do leito do rio ocorreu por conta do aterramento decorrente da atividade de terraplanagem da obra, que teria sido executada de forma inadequada.

Outro lado

Procurada pela equipe de reportagem, a companhia reforçou que o alvará da construção não foi suspenso pela prefeitura de Salvador. Em relação a multa do Inema, a MRV afirmou que irá recorrer a decisão e “comprovar a regularidade” das atividades realizadas na construção.