Rubens Menin vê Brasil como porto seguro para investimentos com “manutenção da democracia"

Segundo o bilionário brasileiro, controle da pandemia no País também traz confiança aos investidores estrangeiros

O bilionário brasileiro Rubens Menin disse que a guerra entre Rússia e Ucrânia pode ter acabado com o “sonho do BRICs”. Isso, entretanto, pode reforçar o Brasil como uma nação segura para o investimento, se o país “manter a democracia e o estado de Direito”. A declaração de Menin foi feita através do Twitter, no último domingo (24).

“Será que o sonho dos BRICs acabou? A guerra da Ucrânia sinaliza que sim. O Brasil poderá se diferenciar dos antigos parceiros e virar porto seguro para o investimento externo. Basta manter a democracia e o estado de direito, respeitando regras e contratos”, afirmou Rubens Menin.

Composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o conceito do BRICS surgiu em 2001, como ideia de Jim O’Neil, economista britânico do Goldman Sachs. A ideia defendida pelo economista era de que os países do grupo seriam as economias do futuro. O Brasil integra este grupo de economias emergentes até hoje, mas a guerra entre Rússia e Ucrânia têm afetado o grupo. Isso porque a Rússia tem sofrido sanções em escala global, sendo isolada dos sistemas financeiros do mundo.

Brasil se destaca e recebe mais aportes de estrangeiros na bolsa

A crise global tem diferenciado o Brasil, mesmo que pouco, dos países que compõem o BRICs, principalmente em relação ao mercado financeiro. Na China e na Índia, o mercado de ações está em queda desde o início de 2022. Já no Brasil, o Ibovespa tem alta de 5,96%, segundo dados da Economática, e o investidor estrangeiro já aportou R$ 65,328 bilhões na B3 no acumulado deste ano.

A China, que também faz parte do BRICs, tem travado uma luta contra a Covid-19 em algumas partes de seu território. Em Xangai, por exemplo, maior cidade do país, o lockdown está na quarta semana. A cidade tem realizado testes diários de Covid-19, como medida de segurança, mas a situação passa desconfiança aos investidores.

Nesta segunda-feira, o índice Xangai Composto, principal índice da Bolsa da China, caiu 5,1%, a 2.928,51 pontos, registrando a maior baixa desde fevereiro de 2020.

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Já no Brasil, as incertezas sobre a pandemia são menores, já que o país vacinou por completo mais de 76% da população e a média de casos e mortes tem diminuído a cada semana. 

De acordo com Rubens Menin, este fator traz confiança aos investidores. “Brasil ultrapassou hoje a marca de 2 vacinas de COVID aplicadas em cada pessoa. A pandemia está melhor controlada e a esperança é que novas cepas não consigam driblar as nossas defesas hoje existentes”, afirmou Menin em seu Twitter.