Empresas do setor de saúde são afetadas com instabilidade do mercado e desistem de IPO na B3

Veja quais são e os lucros que deixaram de gerar

As empresas Bionexo, Laboratório Teuto, Hospital Care e Kora Saúde desistiram do lançamento no mercado financeiro e suas respectivas ofertas iniciais na b3. A inconstância econômica vem afetando todos os tipos de mercados e, apesar da a área de saúde ter a preferência dos investidores, a categoria não ficou de fora dos impactos negativos.

Bionexo, multinacional brasileira que oferece produtos digitais para gestão de processos em hospitais, clínicas, planos de saúde, fabricantes e distribuidores de materiais, medicamento e insumos médios, tinha a pretensão de levantar R$ 500 milhões em sua oferta primária e pelo menos R$ 300 milhões em uma eventual oferta secundária.

A farmacêutica Teuto, que no início deste ano havia entrado em prospecto preliminar para realizar sua abertura inicial de capital (IPO) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), também teve seu plano de lançamento no mercado financeiro interrompido. Ainda não havia definido ao certo a quantidade de ações que seriam vendidas, no entanto já se sabia que todos os sócios da Teuto venderiam parte de suas fatias.

Outra empresa com solicitação de registro de IPO na CVM paralisada foi o Hospital Care (B3SA3), controlada pela gestora de private equity Crescera e pelos empresários Elie Horn e Julio Bozano.  A empresa foi fundada há quatro anos e realizou o total de sete aquisições e chegou a um faturamento de R$ 1 bilhão. Segundo reportagem feita com a época, o grupo deve encerrar 2021 com uma receita de R$ 1,7 bilhão e 770 leitos hospitalares.

Finalizando a lista dos desistentes lançamento no mercado financeiro elenca as ações da Kora Saúde (KRSA3), que tinha exigência mínima para entrar na operação de R$ 3 mil para investidor de varejo e o valor máximo, R$ 1 milhão.

“Essa questão de cancelamentos e adiamentos de IPO é normal. Costuma acontecer, mesmo no setor de saúde, que vive um cenário de crescimento. Vimos um aumento de ofertas de empresas de saúde e isso acabou dividindo as atenções dos investidores”, diz o gerente de pesquisa da corretora Ativa Investimentos, Pedro Serra.