Inflação norte-americana

EUA: Livro Bege aponta expansão modesta da economia e da inflação

Os aumentos nos preços permaneceram moderados, mantendo-se praticamente no mesmo nível observado no relatório anterior

Fed nos EUA (foto: Freepik)
Fed nos EUA (foto: Freepik)

O relatório do Livro Bege do Fed (Federal Reserve), fundamental para as decisões de política monetária nos EUA, indicou uma expansão econômica leve a moderada em muitas áreas do país, com dez dos doze distritos relatando avanços desde o final de fevereiro. 

Esses dados indicam uma economia americana em crescimento, o que torna mais desafiadora a missão do banco central em iniciar um ciclo de redução nas taxas de juros.

EUA: equilíbrio delicado na inflação

Os aumentos nos preços permaneceram moderados nos EUA, mantendo-se praticamente no mesmo nível observado no relatório anterior. Isso pode ser considerado positivo, já que não houve uma aceleração nos preços; no entanto, também reflete a persistente dificuldade em controlar a inflação e mantê-la próxima à meta de 2%. 

A situação sobre a economia dos EUA aponta para um equilíbrio delicado no controle da inflação, indicando que os esforços para alcançar a estabilidade de preços ainda não foram completamente bem-sucedidos conforme desejado pelas autoridades monetárias.

No mercado de trabalho, houve um crescimento lento, mas positivo, no número de empregos, com nove distritos relatando pequenos aumentos nas contratações.

Quanto aos salários, a maioria dos distritos registrou um crescimento moderado, aproximando-se gradualmente das médias históricas, indicando uma normalização após os picos observados durante a pandemia. 

Os gastos dos consumidores permaneceram estáveis, com variações entre distritos e diferentes categorias de despesas, revelando uma cautela contínua em relação às despesas não essenciais devido ao aumento dos preços.

Powell indica incerteza sobre juros dos EUA, contrariando previsão do Fomc

Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve) – banco central dos EUA – afirmou que existe um grau alta de incerteza com as expectativas, tanto com a inflação quanto com a atividade econômica. 

Segundo Powell, a “maioria” dos integrantes do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) espera o início do corte de juros em algum momento deste ano, se a economia do país evoluir como estimado. 

“Reduzir muito os juros ou cedo demais poderia resultar em uma reversão do progresso que observamos na inflação e, em última análise, exigir uma política [monetária] ainda mais rígida para que a inflação volte a 2%”, disse o presidente.