Credit Suisse: presidente admite fracasso em reunião com investidores

“O banco não pôde ser salvo e apenas duas opções o aguardavam: um acordo ou falência”, afirmou o presidente

O presidente do Conselho de Administração do banco Credit Suisse, Axel Lehmann, se desculpou com investidores pelos erros do banco, nesta terça-feira (4). Além disso, reconheceu os choques financeiros causados pela instituição, ao passo que o credor está prestes a ser “engolido” pelo rival, o banco UBS, após uma aquisição organizada pelo governo.

Lehmann, chegou à presidência do conselho do Credit Suisse no início de 2022 após sair do UBS no ano anterior. Foi ele quem informou as “saídas maciças” de fundos de clientes em outubro e uma “espiral descendente” que culminou em março, quando a turbulência de uma turbulência bancária nos EUA se espalhou para o exterior.

Na que provavelmente foi a última reunião com acionistas do Credit Suisse em seus 167 anos de história, o chefe do conselho lamentou dizendo “o banco não pôde ser salvo e apenas duas opções o aguardavam: um acordo ou falência”. 

O acordo de aquisição significou perdas para os investidores do banco suiço. Os acionistas coletivamente receberão 3 bilhões de francos na empresa combinada, enquanto os investidores que detêm cerca de 16 bilhões de francos em títulos de alto risco do Credit Suisse foram apagados.

UBS deve demitir 36 mil funcionários após aquisição do Credit Suisse

O banco UBS estaria se preparando para demitir cerca de 36 mil funcionários de todo o mundo. A redução pode ser de 20% a 30% do quadro de funcionários, afirma o jornal suíço ‘SonntagsZeitung’.

As demissões ocorrem após o UBS adquirir o rival Credit Suisse, no mês passado, que se viu no centro de grave crise de liquidez que deixou o sistema financeiro global em alerta. 

Os cortes já eram esperados por conta da sobreposição de funcionários dos dois bancos. O banco informou que em brave dará ainda mais detalhes sobre os cortes de empregos em momento oportuno.