O presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), João Pedro Nascimento, afirmou nesta quarta-feira (16), que a reguladora busca alcançar a marca histórica de 10 milhões de brasileiros na B3. A declaração foi feita na quarta-feira (16), durante o Anbima Summit.
Atualmente, a Bolsa brasileira possui 6 milhões de pessoas físicas, o que representa 2,7% da população. A intenção, segundo Nascimento, é chegar em 5%. “Os fóruns internacionais indicam que um país como o Brasil tem [essa] capacidade”, diz.
De acordo com o presidente do órgão regulador, a comissão tem trabalhado para que suas ações contribuam para um ambiente mais horizontal, no qual os regulados possam contribuir mais, proporcionando maiores avanços e promoção de novos produtos de investimentos.
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Presidente da CVM defende democratização no mercado
João Pedro Nascimento, presidente da CVM e professor na graduação e na pós-graduação da FGV Direito RJ, subiu ao palco principal do Anbima Summit 2023, na quarta, para falar sobre a democratização no mercado e como a educação financeira é a chave para atrair novos investidores.
“Eu estou presidente da CVM, mas eu sou professor e o que eu diria para vocês é que a educação transforma, gera muitas oportunidades, lineariza conhecimento. Se a gente quer ter uma quantidade maior de investidores, a gente precisa prepará-los. A gente quer ter uma maior quantidade de emissores, a gente precisa que eles sejam multiplicadores da educação financeira”, ponderou.
Para Nascimento, essa é uma estratégia fundamental que deve estar no centro das discussões na Anbima, na CVM e entre todos os demais participantes do mercado.
“Ninguém faz nada sozinho. O sucesso da CVM ao longo dos últimos anos, com uma casa com pouquíssimos servidores, muito pouco recurso, se deve a um perfil construtivo de alguém que desce do pedestal de regulador, se coloca no mesmo ambiente dos regulados e pergunta: vamos juntos? A gente precisa de vocês para evoluir o mercado de capitais, vocês são tão ou mais importantes do que o regulador nesse esforço de desenvolver o mercado de capitais que é motivo de orgulho para o nosso país”, concluiu.
