Dólar opera em alta em meio às expectativas de alta dos juros

Por volta das 14h30 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 1,64%, cotada a R$ 5,05

O dólar comercial opera em alta na tarde desta segunda-feira (2), com o mercado atento às decisões monetárias dos EUA e o provável aumento da taxa de juros no Brasil. Por volta das 14h30 (de Brasília), a moeda norte-americana valorizava 1,64%, sendo negociada a R$ 5,05 no mercado.

Com o início de maio, o dólar volta a operar acima dos R$ 5,00, em meio às apostas de uma alta mais agressiva na taxa de juros dos EUA como medida para conter a inflação no país. Nesse contexto, investidores aguardam a próxima decisão monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) que será anunciada na quarta-feira (4). A expectativa é de um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, o que representa uma alta para o intervalo de 0,75% a 1%.

No exterior, os mercados globais seguem apreensivos com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Potenciais sanções econômicas contra Moscou são esperadas em meio ao conflito que já dura mais de dois meses.

Na semana passada, a tensão aumentou quando Moscou suspendeu o fornecimento de gás para a Bulgária e a Polônia, fonte de energia essencial para a União Europeia. As duas nações não efetuaram o pagamento do combustível em rublo, conforme a exigência do governo russo para os países que apoiaram as sanções econômicas contra o país. 

No contexto doméstico, o Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), compreendido como uma “prévia do PIB”, registrou crescimento de 0,34% no mês de fevereiro. 

Além disso, também na quarta-feira (4), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai anunciar a nova cotação da taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira. Atualmente, a Selic se encontra em 11,75%, e a expectativa é de elevação para 12,75%.

Na sexta-feira (29), o dólar fechou em alta de a R$ 4,94, acumulando alta de 2,84% na semana e de 3,85% no mês de abril. No ano,a divisa mantém queda de 11,34% frente ao real.