Ibovespa segue em queda com alta dos juros na China

A alta da inflação no Brasil e na China impactam negativamente os mercados brasileiros

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, segue em queda nesta segunda-feira (11), em concordância com os mercados globais. Às 13h35 (de Brasília), o índice operava aos 117.472 pontos, recuando 0,72%.

Em semana mais curta devido ao feriado da Sexta-feira Santa, índice abriu na segunda em queda, após fechar aos 118.368 pontos na sexta-feira (8). A divulgação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da China maior do que o esperado pelos analistas chineses contribui para trazer os índices para baixo. O IPC chinês apresentou alta de 1,5% em março, puxado pelo aumento dos preços dos bens de consumo.

No Brasil, a divulgação do IPCA (Índice Nacional do Consumidor Amplo) na sexta-feira (8) ainda repercute no desempenho da bolsa de valores. A alta de 1,62% da inflação em março, maior taxa desde 1994, elevou a pressão para o aumento da taxa de juros no País.

Nesta segunda (11), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que diversos países têm apresentado surpresas inflacionárias. Em evento da consultoria Arko, Campos Neto disse que a inflação no Brasil está na média de outros países emergentes, mas que a alta dos preços no mês passado surpreendeu. 

O destaque no noticiário brasileiro atual envolve a privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), pauta que não foi abordada no Tribunal de Contas da União (TCU). No mesmo horário, as ações ordinárias da empresa caíam 1,63% e as preferenciais  2,30%. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também cediam 1,48% e 0,85%, respectivamente. Os papéis da estatal são vendidos a R$ 36,54 e  R$ 33,92. 

No entanto, a BRF (BRFS3) lidera as quedas do Ibovespa, com queda de 5,56%, cotadas a R$ 16,48, após executivos anunciarem a saída da empresa. Na ponta positiva, a Ambev (ABEV3) sobe 3,22%, a R$ 15,41. A Braskem (BRKM5) lidera as altas do dia, avançando 2,63%, após interesse de J&F na companhia.