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Petrobras (PETR4): CEO confirma interesse em refinaria na Bahia

Jean Paul Prates disse que pode "haver diálogos sim" com o Mubadala, mas afirmou que não há nada concreto no momento

O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, confirmou que há interesse em reestatizar a refinaria Mataripe, na Bahia, e não descarta o diálogo com o Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos.

Prates disse que pode “haver diálogos sim” com o Mubadala, mas afirmou que não há nada concreto no momento. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (3).

Antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), a atual Mataripe foi vendida pela Petrobras para o Mubadala há dois anos, durante a gestão de Jair Bolsonaro. A refinaria é hoje controlada 100% pela Acelen, empresa ligada ao Mubadala.

No início de setembro, a petrolífera brasileira assinou um memorando de entendimentos com o fundo árabe para avaliar o investimento conjunto em biorefino.

Segundo Prates o foco inicial do memorando de entendimentos é desenvolver uma biorrefinaria integrada na Bahia com foco na produção de diesel renovável e querosene de aviação sustentável.

Petrobras prevê investir cerca de US$ 300 mi na Bacia Potiguar

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Falcão Mendes, afirmou nesta segunda-feira (2), que a companhia deverá investir cerca de US$ 300 milhões na perfuração de dois poços exploratórios de petróleo e gás em águas profundas da Bacia Potiguar, cujas licenças ambientais foram emitidas pelo Ibama.

Nesse sentido, a licença do Ibama representa a primeira desde 2013 concedida para perfuração na Margem Equatorial brasileira, uma extensa área que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, considerada uma nova fronteira exploratória de petróleo e gás.

Sendo assim, o primeiro poço previsto, Pitu Oeste, será perfurado a 52 km da costa, no bloco BM-POT-17, com início entre outubro e novembro, depois que a sonda NS-42 que está no Rio de Janeiro foi preparada e enviada para locação.

“A sonda chegou aqui no Rio hoje (segunda-feira, 2) para fazer a limpeza do casco, o que pode demorar de duas a quatro semanas. Terminando, a gente desloca a sonda para lá”, afirmou Mendes, em uma entrevista na noite da véspera, destacando que o investimento na perfuração é uma média e dependerá do tempo de duração efetivo das perfurações.

A previsão é que ambos os poços demandem cerca de quatro a cinco meses para serem realizados. O segundo poço licenciado, chamado Anhagá, será perfurado no bloco POT-M-762, próximo ao primeiro, segundo o diretor.

Por meio de uma pesquisa exploratória na área de Potiguar, a Petrobras tem como objetivo adquirir informações geológicas adicionais para avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo que foi realizada no poço de Pitu em 2013.

Vale destacar que o poço de Pitu já havia sido submetido a um processo de exploração adicional em 2015, resultando em outra descoberta. Esses avanços na exploração na Margem Equatorial brasileira têm gerado debates no governo, visto que a região possui um grande potencial para descobertas de petróleo, mas também apresenta significativos desafios socioambientais.