Varejista evita liminar de despejo em lojas do Iguatemi

A Tok&Stok vem enfrentando batalhas judiciais contra o Iguatemi

A Tok&Stok evitou duas liminares de despejo em lojas do shopping Iguatemi (IGTI3) de Campinas (SP) e em Brasília (DF). Em São Paulo, o juiz Guilherme Rocha Oliva, da 12ª Vara Cível, considerou que não era possível antecipar a decisão de desocupação do imóvel, pois o contrato está garantido por fiança. O mérito do pedido ainda será analisado. A decisão é do dia 14 de junho e a varejista possui 15 dias para responder.

Já em Brasília, também foi apontada a existência de garantia no contrato. Por conta disso, a juíza Ana Leticia Martins Santini, da 23ª Vara Cível de Brasília, negou o pedido de liminar do Iguatemi para despejar a Tok&Stok.

Em decisão do dia 15 de junho, a magistrada escreveu que a Tok&Stok poderá “evitar a rescisão contratual e a decretação do despejo” com o pagamento dos aluguéis devidos, com multas e outras penalidades.

Varejista pode ser despejada de shopping após derrota na Justiça

A Iguatemi (IGTI11) obteve na Justiça permissão para despejar a Tok&Stok da unidade do shopping Iguatemi Ribeirão Preto (SP) por falta de pagamento. O valor da ação é de pouco mais de R$ 1 milhão.

De acordo com o “Valor Econômico”, a liminar para o despejo foi concedida no último dia 13 de junho, cinco dias após a distribuição do caso para a 10ª Vara Civil do Foro de Ribeirão Preto.

“Concedo a liminar de despejo, mediante a prestação de caução em dinheiro equivalente a três meses de aluguel, concedendo o prazo de 30 dias para a desocupação voluntária do imóvel”, diz na decisão da semana passada a juíza Isabela Fiel.

Além do despejo, a Tok Stok ainda entrou, há três semanas, com pedido de diminuição do valor do aluguel na 4ª Vara Civil de Taubaté, no interior de São Paulo, e obteve redução em 80% na locação mensal paga. Os pedidos foram feitos, via ação judicial, para a LPF Sociedade Gestora e Incorporadora de Bens Imóveis Ltda e para a Buquira Empreendimentos e Participações Ltda.

No processo, a Justiça afirma que, nos comparativos diretos de dados de mercado apontaram como “justo” os valores de locação na faixa entre R$ 70 mil e 80 mil, abaixo dos valores pagos pela empresa. Foi fechado valor em R$ 78 mil.

Sobre o tema do despejo, a Iguatemi informa que não comenta relações comerciais com seus lojistas. A SPX, que assumiu as operações da gestora Carlyle no Brasil, controladora da Tok&Stok, não se manifestou até o momento.