Americanas (AMER3): trabalhadores fazem manifestações no País

O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro

Os trabalhadores da Lojas Americanas (AMER3) iniciaram uma manifestação nacional nesta sexta-feira (3), em defesa de seus direitos diante da crise que a empresa enfrenta após o rombo bilionário revelado no último mês. 

O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, mas conta com dirigentes e centrais sindicais de todo o Brasil. A Americanas, que entrou em recuperação judicial por conta da dívida, é um dos maiores empregadores do país, com cerca de 45 mil trabalhadores diretos e cerca de 1.800 lojas físicas.

Presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e dirigente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Márcio Ayer falou sobre o ato desta sexta. 

“Precisamos preservar os empregos e garantir os direitos desses trabalhadores e trabalhadoras. São milhares de pais e mães de famílias apreensivos pela situação do Grupo Americanas. […] Estamos com nosso departamento jurídico em ação para receber denúncias e tirar dúvidas que possam surgir. Caso seja constatada a fraude, é preciso punir os principais acionistas, porém garantindo a continuidade da empresa e dos empregos”, afirmou Ayer. 

No Rio de Janeiro, o atos que começaram na Rua do Passeio, 42, Cinelândia, terão participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), CTB, Força Sindical (FS), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).

Americanas (AMER3): Pátria negocia comprar Natural da Terra

As conversas entre a gestora Pátria e a Americanas (AMER3) pela compra da Hortifrúti Natural da Terra avançaram, segundo informações da “Bloomberg”. A operação também atraiu outros interessados, como a rede de supermercados carioca Zona Sul.

A Americanas comprou o Hortifruti há cerca de um ano e meio, por R$ 2,1 bilhões. De acordo com a publicação, a empresa não deve conseguir o mesmo valor numa eventual venda, por conta da urgência com que precisa levantar recursos.

O Pátria tem apostado em investimentos em varejo e já comprou participações em redes do segmento. A mais recente aquisição do fundo nesse setor foi do Supermercado Avenida, em meados do ano passado.

O CEO da Plurix, empresa do Pátria para o segmento de varejo alimentício regional, já ocupou o mesmo cargo no Hortifrúti, o que “facilita” o processo. 

O maior entrave, nesse momento, é a Americanas estar em recuperação judicial, o que pode complicar a venda, já que a unidade de negócios não é uma empresa separada e faz parte da estrutura da varejista.