Magalu (MGLU3) tem queda de 15% nas ações após balanço

Números mostram que o ambiente segue desafiador para as varejistas que estão expostas a taxas de juros altas

As ações da Magalu (MGLU3) iniciaram uma queda na bolsa de valores, após a companhia divulgar um balanço do primeiro trimestre de 2023.Às 11h03 (horário de Brasília) os papéis caíam 15,53%, a R$ 3,70.

Para a XP, o Magazine Luiza divulgou resultados fracos, mas em linha com as expectativas, com tímido crescimento de receita, rentabilidade afetada pela reintrodução da cobrança do DIFAL (diferencial de alíquota de ICMS nas vendas interestaduais) e uma queima de caixa de R$ 3,2 bilhões devido à sazonalidade.

Já para o Itaú BBA, a reintrodução da taxa DIFAL teve um impacto negativo na margem bruta durante o trimestre. Além disso, embora a diluição de despesas e uma margem de contribuição mais favorável no canal 3P tenham ocorrido, esses fatores não foram suficientes para compensar a contração de 10 pontos-base na margem Ebitda.

Magalu (MGLU3) vê prejuízo aumentar em 143% no 1T23

A Magalu (MGLU3) relatou, nesta segunda-feira (15) o balanço do primeiro trimestre de 2023 com um prejuízo líquido de 142,5% comparado com o mesmo período do ano passado, tendo uma queda de R$ 391,2 milhões. 

Já o Ebitda foi de R$ 324,1 milhões, baixa de 4,5% na mesma base de comparação. A margem Ebitda registrou baixa de 0,3 p.p. (ponto percentual), indo de 3,9% para R$ 3,6%. 

Por outro lado, a companhia registrou um aumento de 203% de prejuízo líquido ajustado, somando R$ 309,4 milhões. O Ebitda ajustado subiu 3,2%, a R$ 448 milhões, e a margem Ebitda caiu 0,1 p.p., para 4,9%. O detalhe é que nestes termos ajustados, é excluída da conta despesas não recorrentes relacionadas, principalmente, a fechamentos de quiosques nas lojas da varejista de moda Marisa, um centro de distribuição.

A Magalu apontou uma receita líquida de R$ 9,06 bilhões, aumento de 3,5%. A receita bruta apresentou alta de 6,9%, uma soma de R$ 11,3 bilhões.