Petrobras (PETR3;PET4) cancela venda de fábrica de fertilizantes à russa Acron

Segundo a petroleira, plano de negócios proposto pelo grupo russo impossibilitou aprovações governamentais

A Petrobras (PETR3;PET4) não concluiu o processo de venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III) para o grupo russo Acron. Conforme informado pela petroleira na manhã desta quinta-feira (28), a venda foi cancelada devido às intenções russas. 

De acordo com Petrobras (PETR3;PET4), o plano de negócios proposto pela Acron substituía o projeto original, e as condições inviabilizaram a continuidade da compra. A petroleira, no entanto, não detalha quais seriam as condições.

“O plano de negócios proposto pelo potencial comprador, em substituição ao projeto original, impossibilitou determinadas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação”, disse a estatal.

O valor da operação não foi revelado, mas segundo fonte consultada pelo “O Globo”, a soma corresponderia em torno de R$ 3,8 bilhões, valor que a Petrobras já havia investido no empreendimento. A expectativa era que a fábrica começasse a operar em 2027.

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A Petrobras (PETR3;PET4) anunciou que já está realizando os trâmites internos para que o atual processo de venda seja encerrado. Além disso, com a repercussão da notícia, a estatal informou que pretende “tão logo possível”, lançar um novo processo de comercialização. Não foram divulgados, no entanto, os valores da negociação para a venda da fábrica.

“A Petrobras reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes do projeto serão divulgadas de acordo com a Sistemática de Desinvestimentos da companhia”, disse a estatal em comunicado divulgado à imprensa.

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Iniciado em setembro de 2017, o processo de venda da fábrica de fertilizantes faria parte do plano da venda de ativos da Petrobras (PETR3; PETR4), política de desinvestimento adotada pela estatal. Na ocasião, a petroleira informou que pretendia sair do mercado de produção de fertilizantes, “visando à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia”.