A importância de saber lidar com metas ambiciosas

Estabelecer metas é algo que já faz parte da nossa vida, pelo menos para várias pessoas

Estabelecer metas é algo que já faz parte da nossa vida, pelo menos para várias pessoas, sendo mais comum na época de final de ano, onde planejamos o que pretendemos fazer para o próximo ano. Isso foi herdado de um processo que funciona nos ambientes empresariais, pois ajuda a definir os objetivos a serem atingidos e quais estratégias devem ser utilizadas para alcançar determinada meta.

Porém, muitas vezes o cenário não é este. A consultoria Falconi fez uma pesquisa com empresários de médias empresas no Brasil. Entre os 100 entrevistados, apenas 10% declararam ter uma estratégia bem estruturada com visão, missão, objetivos e metas definidas para o desenvolvimento do negócio. Isso já demonstra um ponto forte de fragilidade destas organizações.

Não bastasse isso, noto que, na maioria das organizações com quem trabalho, as pessoas têm receio ou até mesmo medo de lidar com metas ambiciosas. Mas o que são essas ‘metas ambiciosas’ a que estou me referindo? Grandes propósitos estabelecidos pela equipe, visando alcançar resultados melhores e mais significativos.

Parece arriscado a princípio, e é, mas é um movimento que faz sentido, visto que o intuito dos colaboradores deve ser trazer melhorias para a empresa de forma geral, o que reflete em benefício para eles mesmo por consequência. Existe uma ferramenta de gestão que nos ajuda a criar metas ambiciosas, dentro de uma realidade possível, que são os OKR – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves).

Metas ambiciosas nos ajudam a levar o nosso negócio para outro patamar e a pensar de forma diferente, já que se pensamos da mesma maneira, não devemos esperar resultados diferentes, correto? Alguém poderia pensar: “Mas eu tenho muitas metas, não consigo ser ambicioso ou vou perdê-las todas!”. Pois é, aí está um problema.

Se definirmos poucas metas, teremos mais chance de alcançá-las, mesmo sendo mais ambiciosas. E os OKRs nos ajudam muito com foco: ter poucos OKRs é a chave. Com mais clareza e menos metas a serem perseguidas, temos uma percepção melhor de que podemos atingi-las, pois nos dedicaremos a menos metas ao longo do ciclo e, portanto, mais tempo para cada meta.

Além desse entendimento, também é importante que o gestor dê espaço para que os colaboradores consigam expor suas ideias e expliquem  por que acreditam que conseguirão atingir aquelas metas e como farão. Este processo engaja mais os colaboradores, faz com que se sintam mais donos e se responsabilizem mais pelo atingimento das metas.

Por outro lado, se algumas das metas não forem atingidas – o que ocorrerá, invariavelmente (senão você não está sendo ambicioso o suficiente), vale destacar que punir não é a solução. Neste caso, é fundamental avaliar as razões que levaram a esse desfecho. Fatores externos, fatores internos e todas as coisas que podem ter atrapalhado a execução do plano de estratégia devem ser levados em consideração.

Como a ferramenta dos OKRs possui ciclos mais curtos, os ajustes e aprendizados se tornam mais frequentes e possibilitam recalcular a rota, entender o que deu errado e consertar. Tudo muda de acordo com a maneira que a gestão lida com a situação. Ter metas ambiciosas pode ser muito positivo para o desenvolvimento da sua empresa, o segredo é aprender a dosar.