Klabin (KLBN11) eleva preços de celulose, seguindo Suzano (SUZB3)

Companhia vai elevar os preços da commodity para a China em US$ 20 a tonelada a partir de setembro

A Klabin (KLBN11) anunciou ao mercado, nesta segunda-feira (21), que implementará um aumento nos preços da celulose destinada à China, Europa e Américas a partir de setembro. A decisão segue a tendência já adotada pela concorrente Suzano (SUZB3) na semana anterior.

“A Klabin informa que acompanhará os recentes anúncios de aumento de preço para a celulose de fibra curta na China, assim como na Europa e nas Américas”, afirmou a companhia.

A maior fabricante de papel para embalagens do Brasil, que também produz celulose, vai elevar os preços da commodity para a China em US$ 20 a tonelada a partir de setembro. Para Europa e Américas, o reajuste será de US$ 50, informou a companhia.

Nesse sentido, a principal produtora de papel para embalagens no Brasil, que também é responsável pela fabricação de celulose, anunciou que aumentará os preços dessa matéria-prima destinada à China em US$ 20 por tonelada a partir de setembro. Além disso, a Klabin informou que haverá um aumento de US$ 50 nas cotações para a Europa e as Américas.

O reajuste informado pela Suzano na sexta-feira ocorreu depois que executivos da companhia afirmaram no início do mês que tinham confiança na implementação em agosto do restante de um aumento de US$ 30 anunciado em junho para a Ásia.

Em suma, a Suzano comunicou o reajuste na sexta-feira (18), após seus executivos afirmarem no início do mês que estavam confiantes na concretização, durante agosto, da parcela remanescente de um aumento de US$ 30 que havia sido anunciado em junho para a região asiática.

Klabin lucra R$ 971 mi 2T23

A Klabin comunicou ao mercado na manhã desta terça-feira (1), o balanço dos resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). A companhia reportou um lucro líquido de R$ 971 milhões, montante estável frente ao mesmo período do ano passado. No entanto, foi abaixo das expectativas do consenso Refinitiv, que previa um lucro de R$ 1,42 bilhão.

De acordo com a Klabin, a perda de lucratividade no segundo trimestre ocorreu em função, principalmente, da retração da receita líquida. 

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 1,344 bilhão, queda anual de 32%. O que ocasionou na queda da margem Ebitda ajustada de 8 p.p. (pontos percentuais), para 31%. O consenso Refinitiv apontava para um Ebitda ajustado de R$ 1,44 bilhão no período.

A receita líquida da companhia somou R$ 4,293 bilhões entre abril e junho deste ano, isto é, uma redução de 15% na comparação com igual etapa de 2022 e abaixo dos R$ 4,43 bilhões esperados pelo consenso Refinitiv.

Nesse sentido, o volume de vendasda Klabin atingiu 856 mil toneladas no segundo trimestre, um recuo de 15% na base anual. O custo caixa de produção de celulose no 2T23 foi de R$ 1.363 por tonelada, crescimento de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior.