Petrobras (PETR4): Executivos sugere interesse em Braskem (BRKM5)

Segundo diretores, proximidade de plantas das duas companhias e visão estratégica em meio à transição tornam transação atraente

Após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2023 da Petrobras (PETR3; PETR4), executivos da estatal afirmaram durante a teleconferência com analistas, que a possibilidade de adquirir uma fatia adicional da Braskem (BRKM5) não está descartada.

“A Petrobras tem uma aderência estratégica que pode a fazer focar em petroquímicas. É um negócio atraente e alinhado à nossa estratégia de longo prazo”, afirmou o diretor financeiro (CFO) Sergio Caetano Leite, destacando que as margens da gasolina, por conta de toda a questão da transição energética, tendem a cair.

“Estamos vendo a questão da petroquímica, da Braskem, de forma estratégica para nós. Várias companhias integradas têm um braço integrado da petroquímica, isso traz valor e uma segurança ao longo prazo”, mencionou. E ainda explicou que a estatal avalia a questão no desenvolvimento do seu novo Plano Estratégico para o período de 2024 a 2028.

Petrobras e Braskem

Os líderes executivos ainda ressaltaram que, na atual conjuntura, as duas empresas mantêm uma integração profundamente consolidada no que diz respeito a matérias-primas, lubrificantes e fertilizantes.

Anteriormente, surgiram especulações acerca do interesse da Petrobras em adquirir o controle da Braskem. Atualmente, a estatal detém 47% das ações com direito a voto e 36,1% do total, conferindo-lhe o direito de preferência caso haja uma alienação de participação acionária.

Os diretores da Petrobras abordaram diversas questões, destacando especialmente a proximidade geográfica de várias instalações pertencentes às duas companhias. Além disso, ressaltaram a capacidade da petroquímica em auxiliar a Petrobras durante o período de transição energética, com foco na fabricação de produtos de menor impacto ambiental.

Bradesco BBI eleva preço-alvo após 2T23

O Bradesco BBI aumentou o preço-alvo das ações da Petrobras (PETR4) de R$ 26 para R$ 38 até o final de 2024, após o anúncio do lucro de US$ 28 bilhões no segundo trimestre e o pagamento de US$ 3 bilhões em dividendos.

Apesar da elevação no preço-alvo, a recomendação para as ações da estatal continua neutra. O banco acredita que a Petrobras continuará a pagar dividendos extraordinários robustos, o que pode atrair interesse de fundos focados em dividendos e/ou retorno total.

Por outro lado, o fluxo de notícias pode se deteriorar, especialmente em um cenário de preços mais altos do petróleo e com o real potencialmente mais fraco devido à redução das taxas de juros no Brasil.

Atualmente, as ações da Petrobras são negociadas em torno de R$ 30,92.