Radar FIIs: entenda polêmica sobre 4ª emissão do RELG11

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O fundo imobiliário REC Logística (RELG11) anunciou a sua 4ª emissão de cotas, realizada através de uma oferta pública. O movimento gerou uma polémica no mercado, pois muitos cotistas reclamaram do valor de subscrição das novas cotas, que é inferior ao valor patrimonial do fundo.

A questão é que o preço passou por revisão após o primeiro anúncio sobre a oferta. No dia 11 de novembro, o fundo informou que realizaria sua 4ª emissão com a finalidade de captar R$ 150 milhões. Desta forma, seriam emitidas, aproximadamente, 1,56 milhão de cotas no valor de R$ 95,84.

Contudo, na semana passada, a gestão comunicou ao mercado que foram realizadas alterações em sua primeira proposta. Após a revisão, o preço da cota caiu para R$ 70,31, e para manter a meta, a emissão foi de 1,56 milhão para R$ 2,13 milhões.

O ponto que mais alarmou o mercado foi a discrepância do valor da cota em relação ao valor patrimonial, que atualmente está em R$ 95,65, por cota após a revisão. A diferença é de 26,5%, uma desvalorização de quase um terço.

O movimento da REC Logística causa prejuízo em seu cotistas. De acordo com Marco Corrêa, especialista em fundos imobiliários, “captar dinheiro com um número maior de cotas é um problema. Se antes uma cota captava R$ 100, para chegar nesses R$ 100 agora precisa de mais papéis. E, no fim, o patrimônio vai ser recalculado pela quantidade final de cotas vendidas e vai passar a valer menos”, como disse ao Suno.

Para os atuais cotistas, o movimento resulta numa perda financeira, quer entre na emissão ou não.

“A pessoa que aportou no IPO do RELG11, se não fizer nada e só assistir à emissão, um terço do patrimônio dela evapora por perda de valor. Mas se entrar na oferta, só vai amenizar o prejuízo, porque de qualquer forma o valor patrimonial vai diminuir”, explica Corrêa.