Resolução 175 pode ser futuro do mercado, diz superintendente da CVM

No palco do ANBIMA Summit,, Daniel Maeda e Pedro Rudge avaliam a nova norma da Resolução CVM 175

A Resolução CVM 175 eleva o setor brasileiro aos patamares dos mercados internacionais mais desenvolvidos, reequilibra papéis dos prestadores de serviços e traz mais segurança para os cotistas. Esse combo desenhará uma nova indústria, sendo assim, os especialistas avaliam que players estão navegando neste novo universo regulatório e explicam como  essas mudanças já geraram impactos no comportamento dos investidores.

Nesse sentido, no painel “A revolução da indústria de fundos”, o superintendente de supervisão de investidores institucionais da CVM, Daniel Maeda, destaca, no palco do Anbima Summit, a resolução CVM 175, que entrará em vigor em outubro, foi bastante modificada, se aproveitando, sobretudo, da lei da liberdade econômica para trazer uma transformação para melhor na indústria de fundos, explicou Moeda. 

Por outro lado, Maeda ressalta que embora seja uma norma que exige mudanças muito profundas, que demandam tempo, e a indústria como um todo está um pouco devagar, não existe uma possibilidade da CVM 175 sofrer uma prorrogação. “Existe zero chances, não há hipótese da regra ser prorrogada, isso não vai acontecer”, afirmou Maeda. 

“Portanto ressaltou que o mercado precisa estar preparado a partir de outubro, porque quem não estiver preparado, será fortemente prejudicado”, destaca Maeda.

Desse modo, entre as mudanças que a Resolução 175 deve trazer, o sócio fundador da Leblon Equities, Pedro Rudge, destaca que as novas normas vão realmente impactar muito no dia a dia dos gestores. Sendo assim, na sua visão, a nova regra trará grandes novidades à tona, entre elas, estão a remuneração, a transparência e os granos operacionais. “O meu desejo é que a indústria se adapte com calma às novidades”, afirmou Rudge.

Futuro da indústria

Nessa linha, Maeda afirma que para o ano que vem, tendo em vista que estamos falando de um período de adaptação, entende-se que há muitas ambições do mercado e a compreensão do que a norma possibilita, no curto prazo, portanto, as pessoas terão que dosar essas ambições para o novo regime, explica. 

“A nova norma trará mudanças incríveis, casando muito com necessidades específicas dos investidores, quem sabe esse novo regulamento pode ser um caminho para o futuro, ele pode resolver as questões abertas no mercado, encaixando muito melhor as necessidades institucionais”, afirmou Maeda.

Nesse contexto, Rudge acredita que, num futuro próximo, teremos mais seguranças e o investidor terá uma grande transparência. “A quantidade de novas estratégias e alternativas que a indústria terá, serão muito maiores do que temos atualmente, abrindo um leque de segurança, conforto e justiça aprimorando a indústria”, finalizou Rudge.

Anbima Summit 

O ANBIMA Summit 2023 abriu oficialmente o primeiro dia de evento nesta quarta-feira (17), na Oca do Ibirapuera, em São Paulo, com discussões sobre o futuro da indústria de investimentos, as transformações trazidas pela inteligência artificial, o avanço da tokenização, as mudanças no comportamento do investidor e muitos outros assuntos. 

Nesta quarta, o evento abordará o caminho para o desenvolvimento do mercado financeiro no Brasil, com a democratização dos investimentos e a chegada do Drex (Real Digital). O futuro do mundo e as grandes transformações que estão por vir, também serão debatidos nos painéis.