CVM vai julgar casos Joesley, BNDES e Oi (OIBR3) nesta semana

CVM vai julgar uma série de processos importantes nesta semana

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) vai julgar uma série de processos importantes nesta semana. O primeiro será o caso dos irmãos Joesley, nesta segunda-feira (29).  A Comissão vai para apurar supostas irregularidades em negócios da JBS S.A. (JBSS3) e FB Participações S.A. com ações de emissão da JBS S.A. Aa companhias são investigadas por manipulação de preços, uso indevido de informação privilegiada, negociação de ativos em período vedado, violação ao dever de lealdade e abuso de poder de controle.

Em outro processo estarão no banco dos réus a BNDESPar (braço de participações do banco estatal) e os fundos de pensão de companhias estatais Previ (de funcionários do Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica).

Esse processo apura eventual violação de deveres fiduciários relacionados à reestruturação societária da Oi (OIBR3) em 2013, com a desastrada fusão com a portuguesa Portugal Telecom. O outro trata de problemas com o aumento de capital realizada pela operadora em 2014, quando a Oi levantou R$ 14 bilhões junto a investidores. 

Nos casos, além de BNDESPar e dos fundos de pensão, são acusados dezenas de ex-executivos e conselheiros da Oi.

O relator dos processos é o diretor Alexandre Rangel, que está de saída para ocupar cargo na OCDE, em Paris.

XP (XPBR31): CVM investiga clientes por adulterar preços do TC

No final de abril, a CVM abriu investigações contra clientes da XP Investimentos (XPBR31) por suspeita de manipulação de preços em bolsa de valores, envolvendo as ações de emissão do Traders Club S.A. (TRAD3). 

As informações são do site “O Antagonista” que reporta também que a CVM colocou dois inspetores em uma sala separada dentro do prédio da corretora no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. 

De acordo com o documento obtido com pelo site, a CVM solicitou um espaço separado para os inspetores trabalharem; um responsável para fornecer informações caso seja necessário; e acesso às comunicações entre clientes e a mesa de negociação da XP.

O ofício de apresentação oficial dos agentes que investigam as suspeitas à XP é datado do dia 1º de março deste ano. A assessoria de imprensa da XP Investimentos foi acionada e  informou que a empresa não se posiciona publicamente sobre assuntos dessa natureza.

Vale lembrar, no entanto, que, aparentemente, não há envolvimento da corretora na suposta manipulação. Os clientes em questão somente utilizavam a instituição para fazer as transações.  Consultada pela reportagem, a CVM informou que “não comenta casos específicos”.