Crise energética na China afeta PIB global

O aumento da escassez de energia já interrompeu a produção em várias fábricas.

A segunda maior economia do mundo, a China, está enfrentando uma crise energética decorrente da oferta restrita de carvão e do endurecimento dos padrões de emissões. Esse problema, além de desacelerar a economia chinesa, afeta as cadeias de abastecimento globais.  

O aumento da escassez de energia já interrompeu a produção em várias fabricas, incluindo fornecedoras da Tesla (Nasdaq: TSÇA) e da Apple (Nasdaq), enquanto algumas lojas do nordeste do país precisam operar a luz de velas.

Na Europa, devido ao racionamento de energia, o presidente da Câmara de Comércio da União Europeias do Sul da China, Klaus Zenkel, declarou, segundo a CNN, que até 80 das companhias associadas à Câmara podem ter sido afetadas.

Considerando que o país fornece uma gama de produtos, como materiais para equipamentos de transportes, borracha, produtos têxteis, metalúrgicos, entre outros, a redução de produção pode aumentar os atrasos nas exportações e afetar todo o comércio global.

Em linhas gerais, a maior pressão sobre os padrões de emissão e a forte demanda dos fabricantes e da indústria levaram os preços do carvão a níveis recordes e geraram uma série de restrições do uso no país.

O racionamento foi implementado na semana passada durante o horário de pico em regiões do nordeste.

Com a situação, analistas revisaram suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China. O Morgan Stanley disse que se os cortes forem prolongados podem reduzir um ponto percentual do crescimento do PIB no quarto trimestre.

Já o Nomura, segundo Investing, cortou suas projeções de avanço para o índice para o terceiro e quarto trimestre, para, respectivamente, 4,7% e 3%. Anteriormente a sua projeção era de 5,1% e 4,4.