O papel das fintechs na democratização do acesso ao mercado de câmbio

Foto: Freepik
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Nos últimos anos, o mercado financeiro vem mudando com frequência. Essas alterações estão ligadas, principalmente, ao avanço da tecnologia, uma vez que as novas ferramentas passaram a ser as grandes aliadas do setor nas suas mais variadas áreas e possibilitaram uma categoria inédita de relacionamento entre empresas e clientes. E, nesse sentido, o grande exemplo dessa era inovadora do segmento é a democratização promovida pelas fintechs nas operações de câmbio.

A digitalização de serviços e produtos cambiais permitiu às companhias fazer o famoso “mais com menos”. Ou seja, cada solução das organizações é baseada em três pilares essenciais: acessibilidade, eficiência e inclusão, trio que afasta o teor de complexidade que muitas vezes é atribuído a esse universo. 

Com o ganho de eficiência operacional através de melhorias nos processos e a utilização de novas tecnologias, o cliente é beneficiado com uma maior autonomia, controle, transparência e condições de taxas atrativas, independentemente dos seus objetivos.

Ambos os lados, indivíduos e fintechs, saem vitoriosos.

Como as experiências dos clientes são otimizadas?

Antes da ascensão das fintechs, as experiências dos clientes no mercado de câmbio eram limitadas a processos morosos e manuais, realizados por meio de bancos, corretoras e correspondentes mais tradicionais de maneira geral. As transferências internacionais, por exemplo, eram repletas de entraves. Dos cadastros até as cotações e fechamentos, cada serviço era conduzido por telefone ou WhatsApp, acompanhado por infinitas trocas de e-mails com documentos gigantescos.

Esse status quo passou a ser desafiado pelas fintechs, que entraram em jogo com propostas inovadoras e extremamente práticas. Através da criação de plataformas digitais intuitivas, aplicativos móveis e algoritmos inteligentes, as atividades cambiais foram simplificadas e otimizadas, transformando a jornada do público.

Inclusive, vale destacar que esses formatos viabilizaram uma gama de reduções de custos nas instituições, e que podem ser repassadas em benefícios aos clientes finais. Com menos funções mecânicas e travadas, é possível reduzir custos operacionais e alcançar uma maior eficiência.

O resultado? O aquecimento acelerado do mercado e um futuro promissor.

Quais são os maiores desafios no mercado de câmbio?

Apesar dos benefícios evidentes, a digitalização das atividades cambiais também apresenta alguns pontos de atenção. O setor financeiro é um dos mais antigos do mercado, por isso não há dúvidas que muitos clientes possuem algumas dificuldades para se adaptar ao uso de novas ferramentas tecnológicas.  

Nem por isso o aspecto “tradicional” do segmento deve ser relevado. A educação, seja interna ou relacionada aos consumidores, precisa estar na lista de prioridades das fintechs, acelerando a adesão às tecnologias atuais – e até futuras. 

Aliás, direcionar recursos e esforços para o tema pode ser o grande diferencial dessas empresas no objetivo de alcançar um próximo passo de inovação. À medida que as companhias continuam a impactar o mercado com soluções disruptivas e que convidam as pessoas a entender as suas propostas, o céu é o limite.

Há um potencial significativo para o segmento cambial expandir ainda mais o acesso ao público, democratizando o sistema financeiro como um todo. Seja no Brasil ou no mundo, as fintechs desempenham um papel vital ao abrir portas para indivíduos e empresas de todos os tamanhos, possibilitando a realização de transações internacionais de maneira mais rápida, acessível e eficaz.

E ainda podemos ir um pouco além: ao remover barreiras e promover a inclusão financeira, essas companhias podem ser protagonistas na transformação de economias mundiais. A globalização já é uma realidade solidificada, portanto não é eufemismo dizer que o mercado de câmbio é capaz de oferecer alternativas que nos façam compreender melhor o papel do dinheiro, prezando por um viés justo, eficiente e colaborativo.